A
conservação da biodiversidade e a consequente conservação genética em
fragmentos vegetais, devem incorporar as demandas ecológicas das espécies ameaçadas
de extinção e espécies de interesse extrativista, assim como as demandas da
população tradicional, proprietários rurais e comunidades locais. No contexto
abordado, deve-se ter em mente que a degradação ambiental representa a “perda
da base genética dos recursos naturais, reduzindo a margem de manobra das futuras
gerações” (Bourlegat, 2000).
De acordo com o texto acima,
discutiremos as estratégias e reações das pessoas diante a biodiversidade
restante em fragmentos florestais que vão desde a restauração e recuperação
para a proteção ambiental e para a produção, até o abandono das áreas, levando
à degradação continuada. O ponto chave desta questão é que cabe ao proprietário
rural, em última análise, tomar a decisão do uso da terra, baseado apenas em suas
percepções ambientais, econômicas, tecnológicas, institucionais, culturais e de
contexto social (Viana, 1995).
Iniciativas
governamentais, tal como o Programa Pantanal, apoiado pelo Ministério do Meio
Ambiente, a ser implementado na Bacia do Alto Paraguai em Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul, reforçam os intenção do manejo sustentável da Bacia do Alto
Paraguai, através do monitoramento, gerenciamento e da conservação dos recursos
naturais, ao mesmo tempo em que incentivam atividades econômicas compatíveis
com o meio ambiente e os ecossistemas (Brasil-M.M.A, 1998c).
Sabemos que para fazer medidas adequadas
de manejo das populações animais, deve-se ter em mãos informações detalhadas
sobre a ecologia e o comportamento das diferentes espécies. Dados comportamentais
e ecológicos são utilizados nas diferentes ações visando tanto à conservação de
áreas florestais, manejo de espécies ameaçadas de extinção, programas de
educação ambiental, bem como, em projetos de ecoturismo.
Tendo
em vista os aspectos discutidos, sabemos da importante de se conhecer o
comportamento das espécies animais e vegetais. Esse conhecimento favorece o
interesse das pessoas nativas e que vivem nas áreas contíguas a esses
ecossistemas, e estimula a conservação e manejo de diferentes espécies. Pessoas
treinadas para esse fim podem ser importantes agentes em projetos científicos e
relacionados à educação ambiental e, principalmente, àquelas atividades
relacionadas ao ecoturismo e ao desenvolvimento sustentável.
Bibliografia:
RÍMOLI.
Adriana. Biodiversidade, Biotecnologia e
Conservação Genética em Desenvolvimento Local. Adriana Odalia-Rímoli,
Eduardo José de Arruda, José Rímoli, Norlene Regina Bueno, Reginaldo Brito da
Costa. Universidade Católica Dom Bosco.
INTERAÇÕES:
Revista Internacional de Desenvolvimento Local. Vol. 1, N. 1, p. 21-30, Set.
2000.
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