quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O conhecimento científico da biodiversidade e suas implicações no processo de desenvolvimento local.

A conservação da biodiversidade e a consequente conservação genética em fragmentos vegetais, devem incorporar as demandas ecológicas das espécies ameaçadas de extinção e espécies de interesse extrativista, assim como as demandas da população tradicional, proprietários rurais e comunidades locais. No contexto abordado, deve-se ter em mente que a degradação ambiental representa a “perda da base genética dos recursos naturais, reduzindo a margem de manobra das futuras gerações” (Bourlegat, 2000).
De acordo com o texto acima, discutiremos as estratégias e reações das pessoas diante a biodiversidade restante em fragmentos florestais que vão desde a restauração e recuperação para a proteção ambiental e para a produção, até o abandono das áreas, levando à degradação continuada. O ponto chave desta questão é que cabe ao proprietário rural, em última análise, tomar a decisão do uso da terra, baseado apenas em suas percepções ambientais, econômicas, tecnológicas, institucionais, culturais e de contexto social (Viana, 1995).
Iniciativas governamentais, tal como o Programa Pantanal, apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente, a ser implementado na Bacia do Alto Paraguai em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, reforçam os intenção do manejo sustentável da Bacia do Alto Paraguai, através do monitoramento, gerenciamento e da conservação dos recursos naturais, ao mesmo tempo em que incentivam atividades econômicas compatíveis com o meio ambiente e os ecossistemas (Brasil-M.M.A, 1998c).
Sabemos que para fazer medidas adequadas de manejo das populações animais, deve-se ter em mãos informações detalhadas sobre a ecologia e o comportamento das diferentes espécies. Dados comportamentais e ecológicos são utilizados nas diferentes ações visando tanto à conservação de áreas florestais, manejo de espécies ameaçadas de extinção, programas de educação ambiental, bem como, em projetos de ecoturismo.
Tendo em vista os aspectos discutidos, sabemos da importante de se conhecer o comportamento das espécies animais e vegetais. Esse conhecimento favorece o interesse das pessoas nativas e que vivem nas áreas contíguas a esses ecossistemas, e estimula a conservação e manejo de diferentes espécies. Pessoas treinadas para esse fim podem ser importantes agentes em projetos científicos e relacionados à educação ambiental e, principalmente, àquelas atividades relacionadas ao ecoturismo e ao desenvolvimento sustentável.

Bibliografia:
RÍMOLI. Adriana. Biodiversidade, Biotecnologia e Conservação Genética em Desenvolvimento Local. Adriana Odalia-Rímoli, Eduardo José de Arruda, José Rímoli, Norlene Regina Bueno, Reginaldo Brito da Costa. Universidade Católica Dom Bosco.
INTERAÇÕES: Revista Internacional de Desenvolvimento Local. Vol. 1, N. 1, p. 21-30, Set. 2000.

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